Ídolos

19.12.09



Kleiton e Kledir lançaram trabalho novo e eu sempre ficava acompanhando a agenda de shows da dupla pela comunidade no Orkut. Como ando muito atarefada, ficava semanas sem ver nada. Mesmo com dois gatos em casa, a internet a gato não funcionou mais. Minha prima sugeriu que eu colocasse bom bril no rabo dos bichanos e o resultado foi somente arranhões e mordidas.

Quase perdi a apresentação deles em Curitiba juntamente com um coral em frente ao antigo Museu Paranaense que foi restaurado. A dupla saiu de dentro do ex-museu e deduzi que voltariam para lá quando terminassem. Então, quando estavam já tirando as alças dos violões do pescoço, minha amiga disse para eu correr para trás do palco. "Kledir", falei, e fiz sinal como fazem os clientes ao garçom para pedir a conta. Ele disse: "vem aqui". Estava quase entrando juntamente com a imprensa quando um rapaz da produção disse para eu esperar. Se ao menos tivesse levado a carteira de jornalista, poderia entrar juntamente com meus colegas, porém aquilo tem quase o tamanho de uma folha A4 e carregá-la na bolsa seria complicado.

Uma moça da produção informou que quem quisesse falar com a dupla, teria de fazer fila atrás de mim. Que honra, eu a primeira, só lembro de ter chegado antes de todos quando era bem pequena, um serzinho minúsculo. Quando entrei, a mesma que me deixou ser a primeira falou para outro rapaz, "coisa rápida, foto, autógrafo e nada mais". Eu respondi, "que coisa rápida, o quê, eu vou é trocar figurinhas", referindo-me à nova música, "coisa boa é um amigo pra poder encontrar e trocar figurinhas".

Fui direto no Kleiton porque do Kledir já tenho autógrafo no livro Tipo assim. Lembrei-me de um vídeo em que o Kleiton fala: "eu sou o Kleiton, mas pode me chamar de Kledir". Não pude perder a piada e quando o vi, o chamei de Kledir. Porém, como ficou sério e provavelmente pensando, "quem é a maluca?", logo disse, "brincadeira, Kleiton"! Perguntei quando haveria show e ele disse que não tinha nada certo, mas que viriam os dois fazer o workshop Letra e Música. Disse que eu havia participado juntamente com meu marido do mesmo workshop há cinco anos, e na hora de começarmos a compor, como não entendemos muito de música, saímos praticamente fugindo, e como a dupla estava na porta, demos a desculpa de que tínhamos de acordar cedo no dia seguinte. Ao ouvir tal história, finalmente Kleiton sorriu, quer dizer, soltou uma gargalhada. Mais uma vitória, consegui que o mais sério mostrasse os dentes.

Ele autografou o CD, passou para o irmão também assinar. Nem fiquei trocando figurinhas como havia dito, não sou dessas fãs chatas que não param de perturbar. Agradeci à moça da produção que disse: "ué, que rápido". Ela havia realmente acreditado que eu ia ficar horas conversando com Kleiton e Kledir. Imaginou que eu havia sido a primeira da fila porque iria ficar um tempão lá dentro, mas fiz questão de ir logo porque no dia seguinte desta vez realmente precisava acordar cedo.

4 comentários:

Rose de Sampa disse...

Vou confessar que fiquei com uma inveja danada de quem pode ver a apresentação da dupla com coral... e ainda pegar autógrafo!!!!
Gostei da tua crônica e agradeço por compartilhar um momento tão gostoso e divertido!
Rose de Sampa

Denise Machado disse...

Conheci os dois em Natal, um show no Teatro Nao lembro o Nome,
Quem comprava o CD ou o DVD deles podia ir pra cochia e pegar o autógrafo...
Gostei muito de conhece-los...
Nunca ouvi falar deste livro que citou, vou procurar.
Bjo.

Stella Maris Bortolotti disse...

Que legal, Luiza! Sou super fã de K&K e sou como vc: não sou chata e procuro sempre ser rápida com eles, embora minha vontade seja de ficar falando horas com os dois.

Eugenio Hoch Junior disse...

E pensar que tive que implorar para vc ir...