Se não cantar direito vai preso pro quartel

8.3.09



Estava eu caminhando e suando com o calor inesperado em Curitiba, quando escutei as primeiras notas do Hino Nacional. Parei e percebi que vinha do outro lado da rua. Por trás do muro só via dois braços esticados para cima, balançando de um lado para outro e um pedaço de tuba que reluzia à inesperada visita do sol nesta cidade.

Fiquei paralisada. Não coloquei a mão no peito e nenhuma sensação de patriotismo me invadiu. Assim mesmo, aquela combinação de instrumentos de percussão e sopro em uma música tantas vezes executada durante o período escolar e em competições esportivas pela televisão me neutralizou.

Como penei na infância para decorar a letra. Até hoje dou aquela paradinha a mais na hora do "Gigante pela própria natureeeza". A tal "imagem do cruzeiro resplandece" me levou a crer que se tratava de nossa moeda. Quando foi mudada para cruzado, acreditei realmente que a letra deveria ser modificada. Entre novas mudanças até chegar ao Real, o cruzeiro persiste na letra, assim como palavras pouco usadas no cotidiano como retumbante, impávido e clava.

O Hino Nacional Brasileiro possui regras para ser executado de acordo com a Lei 5700 de 1º de setembro de 1971. O tom em que deve ser cantado, em quais ocasiões pode ser tocado e outros detalhes, clique aqui. É facultativa sua execução a cerimônias religiosas, no início ou no encerramento das transmissões diárias das emissoras de rádio e televisão e em competições esportivas internacionais. Ou seja, a visita do sol em uma cidade quase sempre nublada não é motivo para comemoração com o Hino.

2 comentários:

Anônimo disse...

Eles deveriam estar ensaiando para o aniversário da cidade, ou só sabiam tocar o hino mesmo. Vai saber.

february star disse...

eu nunca entendi como as margens plácidas podiam ouvir alguma coisa.