Quarenta e cinco
26.4.10
Com certeza você já ouviu alguém que acredita serem as telenovelas histórias reais. Geralmente pessoas menos instruídas chegam a achar estranho que determinado personagem morre em uma novela e na outra, o ator que o interpretava, aparece novamente representando outra pessoa. Pesquisas já demonstraram que algumas pessoas não sabem decodificar quando termina um programa e começa outro. Há a vinheta, nós somos condicionados a acreditar, tocou a música, subiu o letreiro, acabou. Agora, vai iniciar outro programa. Existem indivíduos que não percebem a mudança e pensam ser a mesma coisa. Imaginemos então o sanduíche global, novela, telejornal local, novela, telejornal nacional, novela. Onde termina um e onde começa outro?
E quando a novela vira notícia? Foi o caso de A próxima vítima, em seu último capítulo, o jornal de maior audiência deu cobertura com repórteres indo às ruas, perguntando os palpites de quem seria o assassino que matou tantos na novela. Imagine então aquela pessoa que não tem tanto conhecimento vendo isso.
E quando a vida real invade a teledramaturgia? Na novela O rei do gado, o senador Caxias, interpretado por Carlos Vereza morre e em seu velório estão presentes dois políticos da vida real, Benedita da Silva e Eduardo Suplicy. Piorou.
E quando a novela invade as nossas vidas, como é o caso de Viver a vida, com Luciana, personagem tetraplégica intepretada por Aline Morais que escreve em um blog sobre as dificuldades e os sucessos de sua nova condição? Pasmem, o blog existe como se Luciana fosse real. Pior, há espaços para comentários e os internautas escrevem.
Se o papel da Globo é manipular, ela faz com maestria. Isso só para ilustrar uma pequena fatia do que a emissora faz. Engana o povo desde 1965. São 45 anos de manipulação! Hum, é o número dos tucanos, não é? Coincidências...
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3 comentários:
E não é só novelas, filmes também, principalmente aqueles "Baseados em fatos reais". Mas cada um é ignorante a sua maneira. Ficou bem legal o desenho. Paint Rules. Beijos
A Globo é a filhinha dileta da ditadura e amamentada pelo capital estrangeiro. Se é clichê falar mal da Globo e mesmo assim falamos, é porque infelizmente o óbvio ainda precisa ser dito. Esse lance de não diferenciar os programas acontece em maior escala com as crianças, que não sabem diferenciar sequer as propagandas da programação da emissora. Babá eletrônica é infelizmente um termo bem adequado, e não só para crianças. Tudo isso pra dizer... que adorei seu post (especialmente a coincidência dos tucanos). Você manda bem, garota!!
Escreva mais! Sei que está corrido, mas...Escreva mais!
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