Velhinha, mas dá para o gasto
16.1.08
São Paulo terra da garoa, Curitiba cidade da chuva forte. Por isso, esteja em uma ou em outra, ande sempre prevenido. Lembro-me do professor de Biologia falando, sempre chove em algum local do planeta. Se não estiver chovendo em lugar nenhum, em Curitiba está.
Sombrinhas são excelentes. Quando estão fechadas são práticas, compactas, cabem em qualquer bolsa ou embaixo do braço sem que fiquemos esbarrando com elas em portas, pessoas e carros. Fácil também de ser colocada nas caixinhas dos bancos quando a maldita porta giratória tranca.
Ao longo dos anos, comprei várias em camelôs. Duravam apenas algum tempo porque logo quebravam. Bastava um ventinho para se arrebentarem. Até que um dia minha mamãe querida trouxe uma sombrinha linda, leve e cara. Custava cinco vezes mais do que as frágeis compradas no meio das gritarias de "guarda-chuva cinco real". Era uma maravilha, forte, secava rapidamente. Tentava não esquecê-la nos lugares em que ia. Quer coisa para se perder mais facilmente que guarda-chuva ou sombrinha? Você sai de casa com chuva e se voltar sem chuva, pronto, é batata, esquece no ônibus, no colégio, no consultório e bye, bye.
Não vou negar, durante todos esses anos já a esqueci na casa da amiga de meu namorado. Ela não sabia de quem era aquela coisica e colocou em seu blog visitado por muitos: "algum mané esqueceu aqui uma sombrinha cor de cocô". E como custei a ir lá resgatá-la, ela perguntava, "não vem pegar o trocinho"? Sem ela, tive de me contentar com uma coloridona comprada em uma loja de presentes. Usei algumas vezes e logo quebrou. O Gato Neko ajudou a detoná-la de uma vez jogando aquele corpanzil de gato bem alimentado por cima dela em suas brincadeiras frenéticas.
Meu temor mesmo são os portas guarda-chuva, aqueles cilindros onde depositamos guarda-chuvas (eita pluralzinho encrencado) encharcados. Por exemplo, na entrada de um restaurante, enquanto estou saboreando a comida, algum espertinho pode levar minha marronzinha de onze anos embora. Por isso, coloco-a em uma sacola de plástico que vai junto comigo para não ter maiores preocupações.
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4 comentários:
Pois é, uma das maiores duvidas da humanidade é para onde vão parar os guarda-chuvas perdidos.
=p
Mario Quintana dizia que tudo o que perdemos vai parar nos anéis de Saturno.
Rihanna - Umbrella
E eu gostaria de saber de qual vórtice tempo-espaço saem os vendedores de guarda-chuva das cidades no exato momento em que chove.
Beijos!
Sem trocadilho, adorei a forma que vc escreve, enxuta! Leve, sem enfeite e direta. Não cansa.
Está nos meus favoritos.
Beijinho.
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