Algo que não houve

19.10.07



Anteontem, na goleada da seleção brasileira sobre o Equador, as câmeras da Globo registraram Luciano Huck no Maracanã ao lado de pessoas comuns com direito a comentário de Galvão Bueno: "Gente fina, gente muito boa". Ora, o comentarista fez tal observação tamanha são as críticas que Huck vem sofrendo por causa de um suposto assalto no qual seu Rolex de R$ 50 mil foi roubado. Digo suposto porque acredito não ter havido roubo algum. Se isso de fato tivesse ocorrido, Huck denunciaria à polícia, o que não fez. O relógio, presente de sua esposa, provavelmente foi esquecido em local onde não é freqüentado pela família – ao menos não por Joaquim, o pimpolho feio do casal Caldeirão/Estrelas. Assim, além de contar uma boa mentira em casa, ainda saiu com notoriedade na mídia. É fácil para quem é famoso conseguir um espaço na Folha de São Paulo para escrever um artigo indignado sobre a violência urbana ou ser capa de revistas com grande circulação nacional. Para nós pobres mortais aparecermos, de forma não trágica, temos de erguer cartazes "Galvão filma eu" ou enfiar ridículas réplicas de televisão na cabeça, tal como a melancia no pescoço. Huck não precisa disso, a câmera encontra rapidamente o seu nariz gigante onde quer que esteja, menos no tal sinal fechado onde ficou sob a "mira" de um "revólver".

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