Um bronze já resolve

21.2.05
O digníssimo reitor da Universidade Federal do Paraná, Carlos Augusto Moreira Júnior, estipulou que as cotas eram reservadas somente a quem teve a vida estudantil integralmente em escolas públicas e negros ou pardos. Porém, o candidato não precisava comprovar isso na hora da inscrição, somente após a aprovação, o que caracterizou o primeiro erro da comissão responsável pelo vestibular. O segundo erro ocorreu quando estudantes alegando serem pardos não puderam realizar a matrícula. Ou seja, a pessoa viu o nome na lista de aprovados, fez planos, e de repente foi barrada. O reitor se defendeu, dizendo que não eram vagas para afro-descendentes, e sim para quem tem a pele negra ou parda. Eles têm todas as características, cabelos enrolados, lábios mais grossos e ascendentes escravos. Mas não se encaixam no perfil, simplesmente porque a pele é um pouco mais clara do que a comissão estipulou ser cor parda.Pois bem, existem pessoas que têm mais facilidade de ficar com a pele mais morena quando se expõe ao sol, como os pardos. Então, se eles soubessem, teriam passado um tempo no litoral, ao invés de ficarem trancados em casa ou em uma sala de aula estudando. Será que isso é realmente correto? Será que o erro não está justamente na raiz, no momento em que criaram tais cotas, e assim adimitiram que o Brasil é um país racista? É de se pensar.

Postado por Ana Luiza

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